As brincadeiras da infância que fazem a sua tarde dobrar de tamanho ou encurtar de tão rápidas, as noites de jogos na adolescência (se eu ainda continuo nela), tabuleiros e mais tabuleiros, passar a noite jogando conversa fora. Mas com o passar do tempo, vulgo a sua idade, as coisas crescem de dimensão e você sempre procura por mais.
Nós nunca nos satisfazemos com o que temos, até o ponto de sentir falta um dia.
Assistir o filme da sessão da tarde de sexta-feira e esperar ansiosamente por ele já não faz o mesmo sentido, contar moedas com os amigos para comprar esfihas no Habbib's já não faz falta há um bom tempo, ou não, e a maior dificuldade era poder ir ao shopping num domingo a tarde e hoje é muito mais fácil estar em outro país.
O que não me agrada hoje é não poder resolver alguns conflitos, porque o que nós mais queremos é mostrar que podemos.
Era difícil reunir todos os amigos diferentes no mesmo rolê e quando isso ficou simples desistimos. Foi fácil agendar uma trilha na mata, vamos marcar uma viagem à praia.
Hoje reclamamos de um rolê que não marcou, de alguém que não convidou, da treta que foi agendar isso ou aquilo. Eu penso que eu quero aproveitar ao máximo esses conflitos porque talvez sejam fáceis pra se resolver no futuro, ou eles nem existam e lá eu vou sentir falta dessas pequenas coisas que hoje martelaram na minha cabeça sem me deixar dormir antes de colocá-las nesse papel.
Eu sinto falta das pequenas coisas e por ventura eu nunca deixe de sentir isso, então, vamos viver pra que essas lembranças fiquem mais doces.
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